domingo, 3 de outubro de 2010

Estética Conjugal


Utilizando de algumas ideias muito comuns à estética facial, o apóstolo Paulo nos
Pr. Walmir Vatgas
A missão sacerdotal do pai de família, nossa ênfase nesse mês da família, não se restringe apenas aos filhos, mas inclui a esposa. Com relação aos filhos, essa missão pode ser resumida no que Paulo diz em Aos Efésios 6.4: “Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor”. Com relação à esposa, diz também o apóstolo, citando como exemplo o jeito de Jesus tratar sua igreja: “Maridos, amem cada um sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra” (Ef 6.25). A dedicação de Jesus à igreja foi sacrificial, sua ministração foi purificadora e santificadora, seu método foi o ensino da Palavra, tudo resumido em um só vocábulo: amor. A missão sacerdotal do marido em relação a sua esposa traz o amor como síntese de suas ações. O resultado desse tratamento amoroso é “estético”: “para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável” (Ef 5.27).

Trata-se, pois, de uma estética espiritual, um tratamento de beleza nada convencional, porque não é maquiagem ou plástica efetuadas para mascarar os traços fisionômicos reais, marcas dos anos que nossa natureza adâmica nos imprimiu. Esse tratamento é Divino, capaz de deixar nossa esposa belíssima, conforme os padrões de beleza instituídos pelo Senhor, capaz de eliminar as rugas e as manchas morais e espirituais da culpa do pecado e da vida dessemelhante a Jesus. E qual é o produto que opera esta maravilha? A Palavra de Deus. E quem é o esteticista detentor de tamanha habilidade? O marido, agente do Espírito Santo, devidamente preparado para exercer o sacerdócio conjugal.

Não podemos entrar numa instituição Divina, como o matrimônio, manipulando-a com as ferramentas humanas sujeitas aos interesses particulares, às contingências e defeitos de nossa natureza. O casamento, instituído por Deus para nossa felicidade, não é qualquer ajuntamento, senão aquele que, por ser “no Senhor”, é construído com as ferramentas e o material que Deus disponibilizou e que estão revelados em sua Palavra. Essas instrumentações e conteúdos, estão disponíveis ao sacerdote do lar, para que sejam manuseados no tratamento de sua esposa, a pessoa que Deus colocou para estar ao seu lado, cuja beleza será para o marido e para o Senhor uma grande satisfação: “para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mancha nem ruga...Da mesma forma os maridos devem amar, cada um, a sua mulher” (Ef 5.26-28). Se Adão tivesse sido sacerdote de Eva, o pecado não teria entrado no mundo e contaminado seus descendentes. Cabe, pois, ao marido ser agora semelhante a Jesus, no tratamento sacerdotal à sua mulher e seus filhos. Olhemos como Jesus ministra “esteticamente” sua igreja e façamos o mesmo com nossa querida esposa.


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